Harmonize-se

domingo, 25 de abril de 2010

O peso do Mundo


Os ombros suportam o mundo
Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.


Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 15 de abril de 2010

...Conforme pedido...
...conforme dado...

"Eu gosto do claro quando é claro que você me ama. Eu gosto do escuro no escuro com você na cama. Eu gosto do não se você diz não viver sem mim. Eu gosto de tudo, tudo que traz você aqui. Eu gosto do nada, nada que te leve para longe. Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo. Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar. Venero a saudade quando ela está pra terminar

Baby, com você já, já´

Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão. Versos e beijos e o seu nome no cartão. Me leve café na cama amanhã. Eu finjo que não esperava. Gosto de fazer amor fora de hora. Lugares proibidos com você na estrada. Adoro surpresas sem data. Chega mais cedo amor. Eu finjo que não esperava. Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós. E de telefone, se do outro lado é a sua voz. Adoro a pressa quando sinto sua pressa em vir me amar. Venero a saudade quando ela está pra terminar. Baby com você chegando já"

Dito e Consagrado: És tu S'aiapo

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